quinta-feira, 29 de março de 2012

10 Anos de Festa do Jazz... a paixão do Jazz está de volta ao São Luiz



"A 31 de Março e a 1 de Abril, sábado e domingo, festejamos 10 anos de Festa do Jazz do São Luiz, a festa do Jazz Português.

A Festa do Jazz do São Luiz é o espaço privilegiado de encontro dos músicos e amantes de Jazz de todo o país. Uma boa parte dos melhores e mais conhecidos músicos, compositores e improvisadores, cruza-se ao longo de um fim-de-semana com os combos das escolas de jazz de todo o país, com outros músicos - cujo trabalho começa a ser conhecido - e com um público interessado e entusiasta. Na sua décima edição, a Festa volta a ser o lugar da partilha, do diálogo, mas também do confronto e da experimentação. E, desejavelmente, um ponto mais para a intensificação da circulação internacional do jazz português."




Vale a pena visitar o evento nos dois dias, e já agora jantar no Spot São Luiz no intervalo destas duas actuações que são são verdadeiramente imperdíveis:


"31 / Março 19H00
ELISA RODRIGUES
HEART MOUTH DIALOGUES

Ainda que tendo como base a pretensão de uma reinvenção de temas do cancioneiro americano, este grupo não foge a qualquer influência das outras músicas do mundo, como é o caso da bossa nova, do funk, do rock e mesmo da pop. O que se pretende é integrar cada musicalidade, cada influência, na formação da própria identidade musical do grupo, transformando cada canção numa nova canção e cada interpretação numa reinterpretação. Assim dita o jazz.

Elisa Rodrigues voz - Júlio Resende piano - Cícero Lee contrabaixo - Joel Silva bateria


31 / Março 21H30
CARLOS BICA AZUL
com FRANK MÖBUS e JIM BLACK

Entre os vários projectos musicais liderados por Carlos Bica, e para além das suas participações em outras áreas - como o teatro, a dança e o cinema -, o seu trio Azul tornou-se na imagem de marca do contrabaixista e compositor. Foi com este projecto que Bica inaugurou a sua discografia pessoal em 1996 (o álbum chamou-se Azul e o grupo também). Com Frank Möbus na guitarra e Jim Black na bateria, Bica criou a montra ideal para as suas composições. A formação manteve-se, amadureceu uma identidade musical - que se confunde já com a do próprio Carlos Bica - e foi através dela que o contrabaixista voltou a expor notáveis resultados em Twist (1999), Look What They've Done To My Song (2003) e Believer (2006). Passados 15 anos desde a edição do primeiro álbum, Bica voltou a reunir em estúdio os seus companheiros de longa data para gravar aquele que é o quinto álbum deste trio, Things About (Outubro de 2011).

Frank Möbus guitarra - Carlos Bica contrabaixo - Jim Black bateria"

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quarta-feira, 28 de março de 2012

A rodar: Dave Brubeck Quartet - Time Out (Classic Records LP Reissue)




Um dos meus discos de Jazz preferidos, e também um dos mais vendidos de sempre, numa edição excelente da Classic Records "masterizada" por Bernie Grundman que fez neste LP provavelmente o melhor trabalho que já tive oportunidade de "lhe" ouvir. O som é simplemente fenomenal, sem quaisquer tipo de aberrações ou defeitos que possam ser apontados... ao que consta (não oficialmente) terá sido uma "flat transfer" de Bernie Grundman a partir das "master tapes" originais, sem quaisquer alterações ao nível da equalização, redução de ruído ou compressão. A experiência de audição é isso mesmo, pura, virgem, crua, com todo o impacto da percussão a abanar as colunas, o sopro "cuspido" do saxofone na cara do ouvinte, o piano com dinâmica inalterada e absolutamente cristalino, e o contrabaixo amplo que preenche a sala de audição espalhando todo o seu perfume e acentuando as linhas melódicas sem cair na ressonância típica de uma gravação deficiente ou de equalização aberrante. Esta masterização dá vida à música!




Esta edição em vinil de 200gr a 33rpm, produzido na fábrica da RTI nos Estados Unidos a partir de 1995 (agora só disponível no mercado de usados), é a verdadeira e bastante "palpável" Alta Definição Audio, que considero absolutamente imprescindível para qualquer apreciador de música, amante de Jazz, e apreciador das qualidades sonoras únicas deste formato analógico. A música não precisa de grandes apresentações, com assinaturas sonoras pouco (ou nada) convencionais e performances memoráveis, Dave Brubeck (piano) e Paul Desmond (saxofone alto) criaram um clássico, acompanhados por Joe Morello (bateria) e Eugene Wright (contrabaixo) que atravessou fronteiras e estilos musicais tornando-se num campeão de vendas intemporal. Aprecio especialmente o trabalho de Desmond neste album, provavelmente o seu melhor, com um tom e execução verdadeiramente fenomenais. No video pode ouvir-se a gravação da faixa Take Five (com recurso a microfone externo que capta o som na sala de audição), uma das mais conhecidas e provavelmente a melhor do LP, com a linha sinuosa do saxofone a colorir a cadência repetitiva do piano de forma algo inesperada e em contraste com a "violência" da bateria. Não posso deixar de referir que existe uma versão memorável de Take Five pelo Quinteto Maria João no album "Cem Caminhos"... outro da minha lista de preferências e referências musicais, também existe em vinil com um som fantástico!




Dave Brubeck "Time Out" (1959)
Columbia Records CS 8192
Classic Records Quiex SV-P 200gr LP 33rpm (1995)
Matrix Side A: CS-8192-A BG
Matrix Side B: CS-8192-B BG
*BG = Bernie Grundman

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sexta-feira, 16 de março de 2012

Quem assinava o corte de tanto vinil Nacional (EMI/VC) nos anos 80/90?



Uma pergunta sobre a produção de discos de Vinil em Portugal para a qual estou a ter dificuldade em encontrar resposta... Comecei a reparar que uma grande parte dos discos EMI/Valentim de Carvalho que compro têm em comum uma assinatura na "matrix" que provavelmente identifica o autor do "cut", no entanto a assinatura é ilegível e gostava mesmo de saber qual é o nome que lá está (ver foto), e já agora aprender qualquer coisa sobre a pessoa em causa, que tanto vinil cortou no nosso país!

A tal assinatura aparece, por exemplo, nestes discos (entre muitos outros):

- GNR Valsa dos Detectives EMI 1989 7921741
- Madredeus Os Dias da Madredeus EMI 1987 7487761
- Mão Morta Mutantes S.21 Polygram 1992
- Sétima Legião De Um Tempo Ausente EMI 1989 7935641
- Trovante Cais das Colinas EMI 1983 11C 078-40616

De quem é a assinatura que aparece na matrix ("espiras de saída" ou "dead wax area" ou ainda "run-off grooves") destes discos? Desde já o meu obrigado a quem me possa ajudar com esta questão!

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