O cabo de coluna com aquela caixa tem um efeito estético desestabilizador... e suspeito.
Design interessante que contribui para a sensação de estarmos perante algo especial...
Um pré DarTZeel NHB-18NS que recebia o sinal de um gira-discos EAT e de um leitor de CD Metronome. Ricardo Franassovici (Absolute Sounds) divertiu-se com eles...
Sem destaques muito positivos que impediram esta sala de entrar no meu Top 7, esta incursão da Imacústica pelo "high-end" não deixou de ser interessante, e sem dúvida merecedora de destaque internacional pois as colunas e monoblocos fizeram, creio, estreia mundial na sua versão finalizada. Já ouvi colunas da Magico por três ocasiões, mas só numa delas me deixei enfeitiçar, e muito, pelo seu som (quando ouvi as Mini II noutro evento com amplificação Audio Research). Nas outras duas ocasiões, neste Audioshow 2010 e noutro show mais antigo, coincidentemente com amplificação DarTZeel, não fiquei propriamente maravilhado com a magia que me era apresentada.
O som parece-me um pouco colorido, com uma identidade que se pode encontrar nos mais variados conteúdos à medida que os discos vão sendo tocados... entenda-se que é uma identidade muito interessante que até soa bem, mas a este nível normalmente espero encontrar a neutralidade que me deixe ouvir a "source" (a performance, sua gravação e masterização) com fidelidade em vez de adoçar os meus sentidos com sabores extra, que por muito bons que sejam, se podem vir a tornar enjoativos. Pareceu-me também que os DarTZeel não estavam a conseguir dominar completamente as Q5, por várias vezes o grave ouviu-se demasiado solto, "bamboleante" à falta de melhor expressão, e por vezes também acompanhado de "room modes" excitados em demasia que nem o Franassovici a bater o pé de alegria, uma alegria talvez demasiado efusiva face ao que estávamos a ouvir, conseguiu esconder.
Dadas as circunstâncias e a ordem cronológica dos meus encontros com estas marcas, fico desconfiado relativamente aos DarTZeel, lindíssimos, verdadeiras jóias audiófilas, como prováveis causadores das performances menos conseguidas a que assisti com colunas Magico. Mas não é fácil confirmar a suspeita, pois equipamentos destes não se ouvem todos os dias. O que sei é que as Magico Mini II com uma "resma" de aparelhos Audio Research, cabos Nordost e uma fonte analógica SME 20, me deixaram muitíssimo mais agradado e impressionado pelos truques de magia.
Valeu a pena ver e ouvir este sistema, porque apesar de tudo era fácil perceber o enorme potencial que ali estava, e apreciar a beleza destes equipamentos é sempre um momento especial. Só isso justifica que esta sala, com este sistema tão caro, não tenha caído para o grupo das salas de que menos gostei. Algum contratempo técnico não explicado (porventura relacionado com o que ouvi no Sábado) fez com que a sala fosse encerrada antes do fim do evento. Fico à espera de ouvir novamente as Magico (estas Q5 ou outras) com outra amplificação, para ver se consigo esclarecer as minhas dúvidas.
Para ver em http://ViciAudio.blogspot.com
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